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José Manuel Guerreiro Santana - Wikipédia, a enciclopédia livre

José Manuel Guerreiro Santana começou a prática das Artes Marciais aos quatorze anos com o Mestre de Karaté Shotokan Luís Cunha, no Ginásio Clube Português, em Lisboa.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

O Kiai e a respiração


O KIAI E A RESPIRAÇÃO

O Kiai não é necessariamente um grito que se solta com o ventre, ele pode também ser silencioso, mas é possível que se manifeste sob diversas formas.
Ora vejamos, examinando a palavra, encontramos primeiro o vocábulo "Ki", que significa intenção, espírito, energia e "Ai", união, harmonia, amor, encanto, etc.
O Kiai é também estar num estado de espírito que não deixa nenhuma hipótese ao ataque do adversário.
O praticante que através do estudo da arte que pratica se ache perante este apaixonante estudo do Kiai, verá abrir-se à sua frente um novo horizonte no seu estudo, e irá encontrar-se na presença de uma iniciação grandiosa. Isso implica evidentemente um longo treino e paciência no esforço.
Nas artes do Budo nós podemos utilizar o Kiai:
a) Antes do ataque para surpreender o adversário ou criar nele um desvio mental, a fim de criar uma abertura;
b) Para parar o seu ataque;
c) Para unir toda a nossa força num só ponto;
d) Como meio salutar, pois o Kiai é também utilizado para tratar e estimular o nosso organismo;
e) Na prática dos Kwatsus. Um Kiai pode reanimar instantaneamente no caso de certas síncopes ou pode ainda ser utilizado simultaneamente com uma técnica de Kwatsu.
Eis algumas aplicações do Kiai, existindo no entanto outras, que nos conduziram a um estudo profundo.
Nos dojos ouve-se demasiadas vezes uma imitação, sem nada de autêntico.
O estudo de base do kiai é o controle da respiração e é fundamental. O estudante deverá reaprender a respirar, conhecer a sua respiração, o seu ritmo, situá-la no hara (ventre), dois dedos abaixo do umbigo.
Depois ele deverá concentrar toda a sua energia física e psíquica nesse ponto, em Japonês KI-KAI (oceano da energia), que é o grande Chacra dos praticantes do Budo.
Logo que o adepto tiver tomado consciência desse ponto e se tiver encontrado na posição correcta e na respiração justa profunda, o grito vai explodir, vindo do ventre e não da garganta.
É preciso praticar sem objectivo, sem espírito de proveito, como no ZEN, com o espírito «mushotuku».
«O velho pinheiro ensina a sabedoria.
O pássaro selvagem grita a verdade»

Copyright © Alda Medeiros – 1ºDan Goju-Ryu Seigokan

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