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José Manuel Guerreiro Santana - Wikipédia, a enciclopédia livre

José Manuel Guerreiro Santana começou a prática das Artes Marciais aos quatorze anos com o Mestre de Karaté Shotokan Luís Cunha, no Ginásio Clube Português, em Lisboa.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Katas - História




KATA



O kata é uma sequência de movimentos que contêm uma série lógica e prática de técnicas de defesa e contra ataque. Em cada kata existe um conjunto pré-determinado de movimentos que o aluno pode praticar sózinho. Estes katas foram criados por antigos Mestres depois de muitos anos de pesquisa, treino e experiência de combate.
As aplicações das técnicas no kata evoluíram e foram testadas em combate real. Desta maneira cada kata foi melhorada e refinada dando origem ao kata que é hoje praticado.
Por causa do tempo e da complexa evolução do kata, é impossível definir o exacto desenvolvimento que o kata teve, mas sabemos que os antigos mestres estudavam as técnicas de combate entre animais, entre homens e entre homens e animais. Eles também estudavam a fisiologia do corpo humano e a sua relação com o combate, tendo em conta factores com a circulação do sangue ou a vulnerabilidade dos pontos vitais.
O propósito do desenvolvimento do kata também varia com as épocas e com a pessoa que o desenvolveu: na China, há 1600 anos atrás, os katas foram desenvolvidas e praticadas com o propósito de defesa-pessoal; os monges budistas praticaram o kata para fortalecer o espírito e o corpo.
O verdadeiro significado do espírito do karate está imbuído nos katas e só através da prática é possível compreendê-los. Por esta razão, se modificarmos ou simplificarmos um kata, quer seja para se adaptar a um aluno iniciado ou até com objectivos competitivos, perderemos o verdadeiro significado e espírito do karate.
No karate não há primeiro ataque. Cada kata começa com um movimento defensivo, o que exemplifica o espírito.
Para praticar o kata correctamente, cada movimento deve ser repetido várias vezes. Só através de uma constante repetição as técnicas se poderão transformar em reflexos. O kata pode ser praticado por uma pessoa sózinha mas quando efectuada por um karateka bem treinado, o seu poder dinâmico e a sua beleza de movimentos assumem
uma qualidade estética.
Quase todos os katas de Goju-Ryu (ex. Saifa, Sanchin, Seyunchin, Seipai, Sanseiru, Shisoshin, Seisan, Kururunfa, Suparinpei) foram transmitidos por Sensei Kanryo Higaonna que os aprendeu com Sensei Ryu Ryuku sendo desconhecidos os seus autores originais.
Muitos destes nomes de katas são números chineses que simbolizam conceitos budistas.
Por exemplo, Suparimpei (n° 108 em chinês) tem um significado especial no Budismo:
Acredita-se que o homem tem 108 paixões demoníacas e por isso, nos templos Budistas a 31 de Dezembro, nas badaladas da meia-noite, um sino é tocado 108 vezes para afastar os espíritos. O número 108 é o resultado de 36x3. 3 Simboliza o passado o presente e o futuro. Sanseiru, escrito em caracteres chineses, é o número 36.
Simbolicamente representado 6x6, o primeiro 6 representa, os olhos, os ouvidos, o nariz, a garganta, o corpo e o espírito; o segundo 6 simboliza a cor, a voz, o paladar, o olfacto, o tacto e a justiça. Similarmente Seipai é o número 18 (6x3).
Os katas Gekisai I, Gekisai II, Sanchin (versão moderna) e Tensho são relativamente recentes e foram criadas pelo Sensei Chojun Miyagi. As primeiras compostas por movimentos exagerados são relativamente fáceis de compreender e foram criadas para popularizar o karate junto das camadas jovens. As outras duas podem ser consideradas a base do Goju-Ryu, o Go (duro) está presente no kata Sanchin e o Ju (suave) no kata Tensho. O Grande Mestre Seigo Tada criou a Kihon-kata (kata das bases) e a Ukeno-no-kata (kata do Homem).


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